Sala de Estar

Sala de Estar

Confesso que fiquei um pouco atordoado em abandonar meu carro na rua daquela boate, mas tendo que concordar com Alison quanto ao meu senso de direção no presente momento, não questiono o uso do método tradicional de aparatação, até porque, também é mais conveniente por sua rapidez em chegarmos ao local almejado. Olho ao meu redor fixando o novo local em minha mente, e pelo saguão, consigo imaginar Alison habitando o local, como se lhe representasse. Abro um pequeno sorriso com as típicas palavras da loira sobre o não reparar, e mesmo tendo uma resposta formada para isso prefiro me silenciar enquanto caminhamos de mãos dadas até o elevador que já está a nossa disposição. Gosto da sensação de nossas mãos entrelaçadas, me sinto mais íntimo por isso.. outra novidade pra mim. Enquanto avançamos andar por andar, desprendo o laço de nossas mãos posicionando-me atras de Alison e agora minhas mãos pousam sobre sua cintura fina. Tiro uma das mãos para afastar seus cabelos jogando tudo pro mesmo lado, podendo assim roçar o nariz em seu pescoço, soltando o ar quente de minha respiração no local. Deposito um leve beijo ali e as portas do elevador se abrem para nós, revelando seu apê.

Assim como o saguão, o apartamento era todo a sua cara, consigo imaginar perfeitamente bem a loira passando seus dias ali. Conforme me pedira, tento não parecer muito observador. – É um belo apê. – Comento apenas tentando ser educado enquanto ela se joga em uma de suas poltronas aparentemente bem confortável. Entreolho o bar indicado e Alison linda a minha espera e sou tomado por um tremendo conflito interno de preparar mais uma bebida ou aproveitar minha semi lucidez. Não quero descrever nossa primeira vez como uma noite louca de bebedeira, pois sinto pra mim que não será apenas essa vez. Eu não quero que seja. Me sentindo confortável o suficiente, correspondo seu sorriso travesso me livrando de meu agasalho, posteriormente desabotoo as mangas de minha camisa social enquanto caminho na direção daquela silhueta perfeita que me atrai. – Agradeço pela hospitalidade, srta. Scavuzzi. Mas acredito que já tenhamos bebido de mais. – Minhas palavras saem quase ronronando agora que estou tão próximo que posso me debruçar sobre a mesma, seguro seu rosto que parece tão delicado em minha mão, e gentilmente encosto meus lábios nos seus enquanto com a outra mão apoio no braço da poltrona o peso de meu corpo. – A menos que me diga que estou errado e que não bebemos o suficiente. – Comento entre o beijo mantendo minha postura.

Dou o espaço necessário para que Alison se desfaça de suas botas, observando durante esse ato o contorno perfeito de suas coxas, sem fazer a menor questão de esconder a desejo em meu olhar. Volto então a me aproximar da loira permitindo que ela abra os botões de minha camisa, um a um. Seu jogo de sedução aguça ainda mais minha vontade e contenho o impulso de rasgar seu vestido. Deslizo ambas as mãos na altura de seu quadril, pela cintura, até as costelas, passando os polegares pelo contorno de seus seios firmes e ao mesmo tempo macios. Como uma pessoa poderia ser tão perfeita por fora e aparentemente por dentro também? Pelo menos até então. Meu tesão não é apenas físico, desejo tudo o que ela tem a oferecer.. desde o sorriso mais discreto ao que tem em baixo daquelas roupas.

Permito-me ser guiado pela mulher mantendo o seu jogo, sou empurrado pro sofá onde caio sentado com Alison bem de frente para mim, seu umbigo na altura de meus olhos e agora a vontade é arrancar aquele vestido com os dentes. Mas, minha atenção é roubada quando tenho-a sentando sobre meu colo com uma perna de cada lado, e tal posição me permite sentir o calor entre nossos corpos, por mais que o jeans de minha calça atrapalhe um pouco esse processo. Movimento-me ajeitando o corpo afim de ficar num encaixe perfeito ao dela, acariciando e vez ou outra apertando de leve suas coxas. Arrepiado com os lábios dela em meu pescoço. Busco então seus lábios para mais um beijo ao mesmo tempo em que minhas mãos involuntárias sobem seu vestido, não paro, tiro a peça em meio ao beijo interrompido e perco alguns segundos admirando esse corpo tão perfeito. Estou absolutamente sem palavras.

– Entendeu perfeitamente bem. – Respondo breve após algum tempo de silêncio em admiração. – Você sabe exatamente como enlouquecer um homem. – Digo num tom mais rouco e urgente antes de segurar firme suas pernas, mantendo-as em volta de meu corpo no ato de levantar. Carrego Alison presa a mim à bancada de onde eu serviria nossos drinks, mantendo-me entre suas pernas enquanto roço minha barba por fazer em seu pescoço, percebo ali se avermelhar em reação e beijo o local sem muita suavidade. Enquanto uma de minhas mãos aperta e acaricia sua perna, subo a outra por trás de suas costas buscando o fecho o sutiã. Deixo escapar um sorriso abafado contra o pescoço da loira em resposta a minha vitória por conseguir desabotoar aquela armadilha de primeira.

Abro os olhos preguiçosamente quando os primeiros raios de sol ultrapassam o vidro da janela invadindo toda a sala, local onde Alison e eu pegamos no sono após nossa primeira noite. Esfrego as têmporas tentando despertar já que a julgar pela hora que deve ser, eu estou mais do que atrasado pra assumir o meu plantão. Levanto-me devagar esgueirando-me para fora do sofá onde deixo a loira dormindo num sono aparentemente profundo. Perco alguns minutos admirando tamanha beleza. É difícil ter que deixa-la. Cubro-á com uma manta, então caço minhas roupas espalhadas pelo local, vestindo uma a uma. Acho que da tempo de dar um pulo em casa antes do trabalho, afinal, aparecer praticamente pernoitado assim no Mungus seria nada agradável. Volto até Alison em passos silenciosos, deposito um beijo leve de despedida em seus lábios e deixo o Ap. (Sai dali)